O aborto corresponde à interrupção da gestação antes de atingida a viabilidade fetal. Por isso, atualmente, é definido como a perda de gestações de até 20 semanas ou com fetos de até 400 gramas. Contudo, a maioria dos abortos costuma ser precoce, ou seja, acontecem até a 12ª semana de gestação.

Infelizmente, a perda gestacional esporádica é, de fato, um evento muito frequente. Assim, a maioria tem como causa alterações cromossômicas do próprio embrião. Ou seja, erros na divisão celular levam a problemas graves e a natureza, sabiamente, se encarrega de interromper o processo.

Apesar de triste, muitas vezes a perda gestacional é, sem dúvida, o melhor desfecho que a natureza poderia dar àquela gestação. Mas, felizmente, o aborto costuma ser evento isolado. Por isso, a chance de uma mulher ter um bebê saudável após um episódio anterior é a mesma que para a população normal. Nesse sentido, quando acontece a repetição da perda, algo chama a atenção.

O que fazer em caso de aborto?

Após o segundo aborto é recomendável que o casal faça uma pesquisa detalhada de fatores que podem aumentar o risco de nova perda. Desse modo, essa investigação deve ser feita no período entre as gestações, de tal forma que o casal receba aconselhamento, bem como orientações sobre as medidas a serem tomadas na próxima gravidez.

Em geral, o prognóstico é muito bom. Ou seja, a probabilidade de um casal que vivenciou a tristeza do aborto de repetição ter um bebê saudável é muito grande. Portanto basta receberem o atendimento e acolhimento necessários. Assim, podem partir para nova tentativa, com bastante esperança e muita coragem.

A Dra. Évelyn Traina, da equipe Vital Medicina, trabalha com pacientes com aborto espontâneo de repetição há mais de 15 anos. Por isso, está habituada a esses casos e preparada para conversar sobre as melhores condutas em cada situação.