Várias infecções podem acometer a gestante. No entanto, as mais importantes para a gravidez são rubéola, toxoplasmose, citomegalovirose, herpes vírus, sífilis, HIV, zika vírus e hepatite B. Além disso, existem outras mais raras como, por exemplo, listeriose, parvovirose e brucelose. O ponto inicial mais importante nesse aspecto é, de fato, a prevenção. Assim, todas as gestantes devem ser orientadas a estarem vacinadas para hepatite B e rubéola. Não há vacinas para as outras infecções.
Portanto, elas devem ser prevenidas por meio de medidas higieno-dietéticas, bem como de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DST). A toxoplasmose é uma doença causada pelo toxoplasma, que pode ser ingerido por meio de carnes mal passadas ou então vegetais mal lavados. Medidas eficazes, no entanto, incluem consumir apenas carnes bem passadas, vegetais bem lavados, água filtrada ou fervida. Assim como lavar bem as mãos após manipular solo ou areia.
Como diagnosticar infecções?
O exame para toxoplasmose deve ser feito duas ou três vezes no pré-natal, sobretudo para as pacientes não imunes. No caso de infecção, há tratamento para diminuir o risco de transmissão ao feto. O citomegalovírus é um vírus comum, pois está presente na secreção respiratória e na urina. Na maioria das vezes a infecção é assintomática. No entanto, pode haver um quadro semelhante à gripe, com febre, rinite e dor no corpo. Mas, se adquirido durante a gravidez, há risco de transmissão para o feto, com comprometimento de importantes órgãos fetais.
O diagnóstico é feito por exame de sangue. Apesar de haver tratamento, os resultados ainda não são bons. Portanto a principal medida é a prevenção. Sem dúvida, gestantes devem ser orientadas a evitar contato com saliva de crianças pequenas, principalmente se frequentarem creches. Além disso, é importante sempre lavar bem as mãos após contato com urina. Isso não significa que grávidas com filhos pequenos não possam cuidar de suas crianças, mas apenas atentar para essas medidas mínimas que podem ter grande impacto na saúde do bebê.
Quanto ao Zika vírus, há alguns anos o país se abalou com tantas notícias ruins divulgadas durante a epidemia. Dessa forma, a associação do Zika à microcefalia é bem certa. Embora a epidemia tenha passado, há recomendação do uso de repelente e de evitar se expor em áreas de risco.
Prevenção
Em relação às DSTs, a prevenção é universal e perene, ou seja, não pode ser esquecida nunca. Assim, o teste para sífilis e HIV deve ser feito ao menos duas vezes no pré-natal e no pós-parto. A identificação de tratamento da sífilis na gravidez é imprescindível e evita evolução para óbito do feto ou do recém-nascido.
Quanto ao HIV, é uma doença onde os avanços da medicina são muito surpreendentes. A prevenção é de muita importância, mas atualmente é possível que uma mulher que tenha o vírus tenha um pré-natal tranquilo, parto normal e risco de transmissão vertical próximo ao zero.